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No Japão, o ar-condicionado é praticamente um item indispensável para garantir conforto e um ambiente agradável, seja no trabalho em casa ou no carro. Só que se não for utilizado de maneira correta e não passar por uma manutenção freqüente, o aparelho pode se tornar um risco para a saúde.

Especialistas alertam que pessoas com quadro clínico de doenças respiratórias são mais suscetíveis a ter problemas com o ar-condicionado do que pessoas com boa saúde. Mesmo assim, doenças como rinites, asma, sinusites e infecções respiratórias podem ser desenvolvidas ou agravadas pelo uso do aparelho.

Isso acontece porque o ar-condicionado resseca o muco protetor que reveste as mucosas aéreas, tornando-as vulneráveis. “Se a saúde estiver em perfeito estado, não há risco nenhum da pessoa contrair uma doença respiratória, a não ser que esteja em um ambiente fechado e com várias pessoas doentes”, diz o diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia no interior, Renato Eugênio Macchione.

“Isso porque o nariz tem a função de filtrar, aquecer e hidratar o ar e a mucosa. Se a pessoa estiver em perfeito estado de saúde não correrá risco nenhum. O ‘choque térmico’, que ocorre pelas sucessivas entradas e saídas de um ambiente climatizado também não causa doenças, isso é um mito”, explica Macchione.

A principal recomendação dos médicos para quem possui ar-condicionado é mantê-lo sempre limpo. No filtro do aparelho pode haver acúmulo de água ou de ácaros, causando com isso a proliferação de bactérias e fungos. “Estudos revelam que em grandes locais onde há uso do ar-condicionado central, o acúmulo de água nas tubulações causa a proliferação de bactérias, podendo gerar surtos de pneumonia”, ressalta.

A limpeza dos aparelhos deve ser periódica e feita por profissionais especializados. Os filtros devem lavados com água e sabão comum. “Os moradores de apartamentos devem se preocupar também com os pombos que costumam fazer ninhos no espaço destinado aos aparelhos. Isso facilita o acúmulo de penas e resíduos de fezes, que podem causar alergias ou infecções respiratórias”, alerta Macchione.

PREVENÇÃO – A limpeza periódica do ar-condicionado e do ambiente são pontos fundamentais para evitar as doenças respiratórias. Mesmo assim, os especialistas ressaltam que pessoas com problemas respiratórios ou fumantes podem amenizar os efeitos de ressecamento da mucosa com o uso de spray nasal.

Seguindo essas orientações é possível manter a saúde e não sofrer com o uso do ar-condicionado”, orienta.

O ar-condicionado não é tão ‘vilão’ quanto parece. Especialistas alertam que em locais com carpete eles melhoram as doenças respiratórias. “Em ambientes com acarpetados, o frio diminui a proliferação de ácaros, muito comuns no carpete”, diz.

LIMPEZA – A saúde não é o único fator para manter o aparelho sempre limpo. Além de se proteger contra doenças respiratórias, fazer a limpeza periódica do equipamento significa economia de energia elétrica, aumento da vida útil do ar-condicionado, menor incidência de assistência técnica e melhor custo-benefício do aparelho, entre outras vantagens.

A manutenção preventiva dos aparelhos varia de acordo com o ambiente em que ele está sendo utilizado.

Técnicos recomendam que nos residenciais o prazo entre uma limpeza e outra não ultrapasse os oito meses. Em clínicas e consultórios, escritórios, comércio, supermercados e salão de festas, o aparelho deve ser higienizado a cada seis meses.

Em lojas de roupa, fábricas, confecções, bancos e usinas o prazo máximo entre uma limpeza e outra é de três meses. Nos laboratórios e hospitais o prazo diminui para dois meses e um mês respectivamente.

“Somente a manutenção periódica e a limpeza do aparelho podem evitar a proliferação das bactérias e fungos. Dessa forma pode se manter a saúde perfeita e livre das doenças respiratórias”, conclui Macchione.

Fonte: Folha da Região .com